sexta-feira, 6 de março de 2015

Ministro da Defesa, Jaques Wagner, elogia trabalho desenvolvido pelo Exército na Amazônia

Militares em defesa das Fronteiras na Amazônia


O ministro da Defesa, Jaques Wagner, visitou, na manhã dessa última quarta-feira, 04/03/2015, o 5º Pelotão Especial de Fronteira (PEF), localizado no distrito de Maturacá – distante 150 km de São Gabriel da Cachoeira (AM). No local, 66 militares atuam na proteção das fronteiras brasileiras com a Colômbia e Venezuela. Ao todo, o Exército Brasileiro possui sete PEF espalhados pelo estado amazônico.

Inóspito e com acesso apenas fluvial e aéreo, o pelotão é o único ponto de apoio da população indígena e ribeirinha. Tem como missão, também, a integração com a comunidade Ianomâmi. Jaques Wagner enfrentou uma maratona de deslocamentos para chegar até o PEF.

A frente do pelotão Maturacá desde novembro de 2013, o tenente Júlio César afirmou que o auxílio da Força Terrestre na localidade é fundamental. “Podem ter certeza de que a região está muito bem assegurada por nós.” O oficial permanecerá até o final de 2015. “Agradeço, em nome do povo brasileiro, pela decisão do comandante do PEF e de sua esposa em ficar mais um ano aqui. Somente aqueles que são apaixonados pela pátria é que conseguem entender o trabalho de manutenção da soberania na fronteira”, enfatizou o ministro, referindo-se ao tenente Júlio César de Souza Nunes, 28 anos, e Daniele de Freitas Ferreira, 29.

Avanço Tecnológico

O comandante militar da Amazônia, general Guilherme Cals Theóphilo, lembrou que o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) é responsável pelo fornecimento de comunicação para o 5º pelotão especial. “A comunicação que funciona aqui é a por rádio. O programa Calha Norte é essencial para nós, para visualizar os problemas de infraestrutura que temos nos PEF”, completou.

Sobre isso, o ministro da Defesa alertou que o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON), projeto estratégico da Força Terrestre, vai aprimorar as comunicações nas regiões mais isoladas. “Temos R$ 10 bilhões em orçamento do SISFRON para usar em dez anos. São 17 mil km de fronteira que receberão o sistema”, afirmou.

Wagner ressaltou, ainda, que “o SISFRON é o caminho para guarnecer a fronteira. Ele é importante, também, em termos de combate ao descaminho e contrabando. Não há como o Exército ficar de fora dessa missão de guarnecer com tecnologia de ponta.”

Em conversa com a imprensa, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, projetou que a implementação do SISFRON em Rondônia deve acontecer entre o final deste ano e o início de 2016 como projeto-piloto,  tal como já acontece no Centro-Oeste.

Na terça-feira (3), Wagner conheceu as dependências do CENSIPAM, em Manaus (AM). No prédio, recebeu informações sobre o trabalho desenvolvido pelos técnicos do órgão e viu de perto imagens de satélite e radar que monitoram, por exemplo, o desmatamento da Amazônia.
Também soube dos projetos realizados em conjunto com países da UNIÃO DAS NAÇÕES SUL-AMERICANAS (UNASUL) e demais tecnologias usadas para sensoriamento remoto, detecção de pistas de pouso clandestinas e entrada de aeronaves suspeitas na região.  O órgão existe desde 1992 e a partir de 2011 passou a integrar o Ministério da Defesa.

Fonte: Folha Militar Online

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